sexta-feira, 1 de março de 2013

Developing Courses in English for Specific Purposes



Helen Basturkmen



As reflexões a seguir são referentes ao texto de Introdução do livro Developing Courses in English for Specific Purposes, disponível no link: http://www.amazon.com/dp/0230227988/ref=rdr_ext_tmb. 

Segundo a autora, o livro é um how to do it type orientation, pois seu objetivo é mostrar a prática de alguns profissionais que atuam na área de ESP e relaciona-la às literaturas por ela selecionadas. 


Para tanto, a autora organiza o capítulo de Introdução em quatro sessões distintas:

1) a descrição de ESP é feita com base na definição de autores que contemplam a mesma temática de discussão, conforme segue:  
  • Nunan (2004) -"... subcomponent of language teaching with its own approaches to curriculum development, materials design, pedagogy, testing and research";
  • Dudley-Evans and St John (1998) - "main concerns of ESP have always been, and remain, with needs analysis, text analysis, and preparing learners to communicate effectively in the tasks prescribed by the study or work situation";
  • Home (1996) - "ESP is simply narrowing of this needs spectrum";
  • Barnard e Zemach (2003) - "...ESP should not be regarded as discrete division of ELT, but simply an area (with blurred boundaries) whose courses are usually more focused in their aims and make use of a narrower range of topics".

 
2)  o tema áreas em ESP é abordado através de exemplos de práticas de profissionais que atuam nas mais diversas áreas de ESP, conforme quadro abaixo:
 
  

3) as demandas no ensino de ESP são discutidas com base na necessidade de formação de professores em ESP através de educação formal (currículo). A autora critica os cursos de formação de professores como TESOL que não diferenciam os objetivos de ELT e ESP. Para tanto, a autora algumas diferenças, tais como:
  • o ensino de ESP está mais focado em objetivos externos à sala de aula, ou seja,  o uso da língua para fim específico - uma relação direta com o mundo real (Cook, 2002). Neste caso o objetivo mais instrumental do que linguístico;
  • o professor de ESP precisa conhecer a necessidade do aluno em termos de aprendizagem da língua para decidir o que ensinar e como ensinar (Dudley-Evans and St John,1998). Neste caso, ele tem o que autora chama de demanda extra de trabalho;
  • os cursos de ESP devem focar no domínio de conteúdo específico, que não faz parte necessariamente do repertório de um falante nativo (Tudor, 1997);
  • o ensino de ELT está mais focado em objetivos internos à sala de aula, ou seja, relação do aluno com o idioma, desenvolvimento de habilidades de análise, memorização e demais objetivos sociais (Cook, 2002). Ao contrário do ESP, o objetivo é mais linguístico.

4) a efetividade do ESP é discutida com base nas principais demandas do ESP: investigação da necessidade de uso da língua e elaboração/preparação de curso e material. A pergunta que guia esta discussão é: Há evidências da efetividade do ESP em relação ao "esforço extra" que deve ser feito para elaborar um curso nesta área?

A autora explica que há poucas evidências empíricas sobre o assunto, todavia os argumentos teóricos que apresentam o ensino do ESP como efetivo, pois alunos mais engajados em seus interesses e necessidades, tendem a ter maiores níveis de motivação, consequentemente, tendem a apresentar um resultado mais positivo. 

BASTURKMEN, H. Developing Courses in English for Specific Purposes. Palgrave Macmillan, 2010.


Elaborado por:
F. Katherine Asega
Simone Telles Martins Ramos









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