terça-feira, 5 de março de 2013

Instrumental no Brasil: a desconstrução de mitos e a construção do futuro


Em Ramos (2005), a autora relata os mitos da abordagem instrumental no Brasil. Os questionamentos à respeito do tema surgem em seminários nacionais e cursos de desenvolvimento de professores, confirmando que existem uma série de concepções equivocadas no que tange ao termo instrumental no Brasil, tais como: instrumental já era; uma aula de instrumental é monótona; se eu for dar aula de inglês, faço o quê?; quem não sabe muito dá aula de instrumental, etc.
Em seguida, Ramos (2005) descreve as características da Abordagem Instrumental, enfatizando que a análise de necessidades é um elemento definidor da abordagem e que o material a ser utilizado deveria ser preferencialmente autêntico já que o objetivo é ensinar pessoas a atuar em situações reais de trabalho ou estudo.
Dentre os mitos do instrumental no Brasil citados pela autora, pode-se destacar: instrumental é inglês técnico; não se usa dicionário, não se dá gramática, tem que usar português; só dá para ensinar depois que o aluno domina o "inglês básico" (grifo da autora); a aprendizagem é manca.
Ramos (2005) finaliza mostrando os desafios da área e comenta que será necessário que se pense se o que quer é um curso geral, como tem sido feito até então, ou para fins específicos. Além disso, autora proprõe que troquemos o termo inglês instrumental, restrito a indicar cursos de leitura, para inglês para fins específicos (doravante ESP).
Deste modo, é possível afirmar que é necessário que os mitos sejam desmitificados para os professores de ESP e nos congressos da área para que a própria área de ESP não sofra com a falta de identidade em relação ao seu real propósito.

Escrito por: João Paulo Soares (Doutorando em LAEL/Orientando da professora doutora Rosinda de Castro Ramos)

 

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